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Como nasce uma estrela?

Você já deve ter ouvido falar sobre o Filme “Nasce uma Estrela”. Esse filme tem feito brotar algumas lágrimas em quem o assiste, não é mesmo? É a quarta vez que esse enredo é gravado desde a década de 30. E isso nos fez perguntar: porque essa temática ainda é tão significativa para as pessoas? É possível que isso esteja acontecendo, porque ainda não descobrimos como despertar nossas potencialidades e talentos pessoais. Afinal, quem não gostaria de acender a estrela que existe em si?

A resposta para esse dilema pode estar no nome do filme. “Nasce uma estrela”. Olhem que curioso! Você sabia que para fazer nascer uma estrela é preciso que uma grande concentração de gases seja comprimida pela gravidade, a ponto de gerar um movimento tão intenso que a produção do calor e solidez transforme uma substância gasosa em uma estrela.

É! Não é por acaso que dizemos para uma pessoa que ela é uma estrela. Só falamos isso para as pessoas que tornaram-se brilhantes. E é exatamente isso que acontece no filme com Ally (Lady Gaga) uma cantora e compositora desconhecida até ser descoberta por Jackson Maine (Bradley Cooper) um cantor de Rock famoso.

Na trama Jack vai além de descobrir Ally. Ele é o promotor do movimento intenso que transforma o talento pessoal no brilho de uma estrela. É aquele que acredita que a música vai além de uma composição harmônica e bem interpretada. Ela representa, acima de tudo, uma produção pessoal, seja ela musical ou não, e por isso, precisa ser a expressão de nós mesmos. Pois é! Somente uma produção pessoal é capaz de nos conectar as pessoas e transformar poeira em algo que reluz.

Fazer brilhar o nosso talento pessoal nada tem haver com perfeição. Jack estava perdendo a audição, era alcoolista e usuário de drogas, além ter uma constituição familiar nada convencional, enquanto Ally tinha habilidade musical, cantava, tocava piano e compunha, apesar da falta do reconhecimento da sua beleza e dos comportamentos considerados explosivos e intempestivos.

E foi através dessa relação com Jack, na qual cada um reconhecia os limites do outro, que Ally foi capaz de fazer uma trajetória de reconstrução dos seus valores, onde suas esquisitices deixaram de impedir que a música saísse de si como expressão de si mesmo, a ponto do seu nariz grande passar a ser o perfil da sua identidade e da sua beleza.

Isso pode querer dizer que nossos talentos pessoais necessitam da nossa vontade para pressionar os velhos hábitos. Isso mesmo! “Talvez seja hora de deixar os velhos hábitos morrerem” e aceitar o desafio de mostrar nossas mais íntimas e esquisitas composições. Afinal, nenhuma estrela nasce até o dia em que depois de muita compressão e movimento ela consiga explodir.

Maira Flôr

Maira Flôr

Psicóloga, CRP 12/08932

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